sábado, 12 de novembro de 2011

BACO E ARIADNE

Inspirada na história dos dois amantes escrita por Ovídio e Catulo, esta obra-prima, uma das primeiras de Ticiano (Tiziano Vecellio), faz parte de uma série de pinturas criadas para Alfonso d'Este, duque de Ferrara. Ticiano foi o mais importante pintor da Renascença veneziana; depois da morte de seu mestre Giovanni Bellini, em 1516, ele dominou a arte veneziana durante os 60 anos seguintes e se tornou o artista mais famoso da Europa. Alfonso d'Este encomendou BACO E ARIADNE para seu palácio em Ferrara, no norte da Itália. Esta obra mostra o momento em que Baco, o deus do vinho, encontra Ariadne, filha do rei de Creta. Depois de ajudar seu namorado Teseu a escapar do labirinto do Minotauro, Ariadne foi abandonada na ilha de Naxos. É quando entra Baco, numa carruagem puxada por dois guepardos, com sua multicolorida multidão de seguidores bêbados. Baco é mostrado num semissalto enquanto seus olhos se fixam em sua futura noiva. Inicialmente assustada com o aparecimento de Baco, o rosto de Ariadne exibe uma mistura de medo e intersse quando seus olhos se encontram. Embora seu rosto esteja voltado para Baco, o corpo está afastado dele e o braço está estendido para o navio que parte e para o mante que a abandonara. Numa demonstração de cor, movimento e imaginação, Ticiano dá vida à pintura de um mode sem precedentes. Tem muita gente que confundi o deus nessa imagem  e acha que o Baco é o homem moreno envolvido por serpentes. Isso porque muitas vezes a televisão e o cinema retratam Baco ou Dionísio, seu outro nome, com a aparência de um homem moreno e de barba e muitas vezes chifres. Essa confusão começou a ser gerada quando o catolicismo foi expulsando os deuses antigos da mente dos fiéis. O culto de Baco era um dos cultos pagãos mais devassos com sexo, bebida e música por isso ele sofreu mais com a perseguição da igreja a ponto de sua imagem ir se mesclando um pouco com a do Diabo. Se você acha que nós brasileiros não temos nada a ver com esta cultura européia saiba que as festas de Baco chegaram às terras tupiniquins e foram bem populares em Pernambuco antes de finalmente a Igreja conseguir exterminar esse péssimo hábito. O homem que aqui aparece com as serpentes é uma referência à clássica LAOCOONTE E SEUS FILHOS, 

redescoberta em Roma em 1506. Laocoonte alertou os troianos em vão para que não aceitassem o cavalo de madeira de presente dos gregos. Posteriormente, foi estrangulado por serpentes marinhas enviadas pela deusa Minerva. 

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